A velocidade da existência, que seja -
a simultaneidade da matéria -
é a maior velocidade possível, bem além da luz.
Não há dilatação,
nem relatividade que ultrapasse
o fogo do eterno presente
a forjar trajeto-história.
Algo, para ser, há de ser parte.
Só há possibilidade de infinito,
lutando contra o abismo de si mesmo,
em suas limitações ainda quentes,
em seus tabus aparentes
que só ele, em seu fim, poderá desdizer.
O vácuo, se existisse,
haveria de ser parte do todo.
Mas como ser parte do todo é ser,
ser vácuo é a teorética ausência do ser - é simulacro,
a vagar abocanhando tudo num bocejo de abismo
em perpétua contradição com a simultaneidade intrínseca da existência.
O tempo é mato:
e ai vai deus, o diabo, anjos, espíritos, demônios,
sentimentos não correspondidos,
vontades abstraidas e potências não levadas às vias de fato.
Para que qualquer coisa exista
é necessário que se manifeste no todo da matéria
ou não chegará nem perto.
Nada está fora do tudo
e o tudo incapacita a existência do nada:
é relação intransitiva dos algos
a somar-se
no seio do que se condiciona como única capacidade eterna:
a revolução perpétua
que a necessidade de relação nos traz.
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Heavy Trash - Way Out
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