sábado, 8 de maio de 2010

MALAGMA 2: Organomatopéia Onomástica

O nada é a sublime imensidão do tudo.

A consciência é o afastamento da matéria em relação a ela mesma,
em um impulso de autoconhecimento erótico.

É o primeiro ato de amor e contemplação profundo:
subtrai de si própria um pouco de sua existência plena
para, não satisfeita, transformar-se em busca.

Dessa transmutação endógena
surge a via vetorial máxima
da possibilidade extrema da dança mandálica do universo:
A VONTADE.

Eis a esssência transcedental do ego.

É só quando esse recém formado ego da matéria
se desprende de sua individualidade fatorial aparente
e novamente experimenta, em fagulha meditativa,
a existência total, permanente e inevitável
de sua verdadeira condição ontológica
é que a imberbe vontade
se alquime em potência.

Ela, semente, se autorenova em um impulso simultâneo de flor e primavera!

Eis o segredo da matéria:

ser ao mesmo tempo flor, semente e primavera.

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