quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MALAGMA 11: Dies iræ!

Will it be your voice, my devilangel,
to chant me la la la
Thru the eternity of the glimpse
of this little time we got in Life?

I’ll only be sure if I risk my joints & shoulders,
(one, two, one more time) I know,
Hoping you’re not just another mere mermaid
Faking the sacred bloody spell
With the cacophony of a silly & blunt
Bubbling bubbling
blah blah blah.

Undress me with thy teeth
la la la
And be ready for the Play
La la la
Cos when it hits the stage
Cos when it hits the stage
I’ll be so keen to you
(I’d go so far)
(if you’re the chosen emissary of the curse of la la la)
our souls will come so tight
face-to-fate, fate-to-face
we shall never need to say goodbye.

Knuckle my fears away, o Muse
With the power of thy bass.

Cos with the groove of thy hips
And the moisture of thy art
(you are so delicate, meanwhile you hip so hard)
We shall prevail thru the ages
Just like a mighty thunder
Lightning in the dark.

Dirge me to thy shady groves, dirge me to thy shady path.

Come on and play with me
Come on enjoy with me
Our common burden
la la la.

Together babe
we will face the abyss
and sing it back
The very curse of love
hidden into the lovely words of
La la la.

If these are the symptoms of the growing feelings
We might share
I can tell you now
That your grace in me
already reaches so far
I assure your beauty is
the most power enchantment I’ve ever been casted.

I dare you Milady to share me thy demons
If you happen to have this same urge
Knocking at your skull.
Those ever singing-dancing prophets
The lovely daemons LA, LA & LA.

Dies iræ! dies elle
Solvet sæclum in favilla
Teste Bacchus cum Sibylla!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

MALAGMA 10: THE WARM FEELING

One of the shamanic imprints,
the very first step,
is to become fulfilled with the incredible
warm feeling of being aware.

It's the most common symptom
that a huge pyre arose
inside your mindheart
that will consume you on a quest for transformation.

Revolution is not an option; it's a must!
As we melt into the same information that wants to be free.
Every light starts to bend into color
when roots regroup
into the wildest drink
from the woods to the labs
thru the lips and throats
of a reborn galactic tribe.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MALAGMA 9: TALO

(para as suas necessárias piscadas ficarem juntinhas nesse pedaço de possibilidades que é o bloquinho)

Tu sereias minha ciência
e eu seria tua loucura.

Eu seria tua ciência
e tu sereias minha loucura.

Os cristais do mais raro talo
só crescem no hiato
desse limiar meio racional, meio mítico
a nos narrar a história da trama da concepção do verbo.

Te quero em todos os níveis da manifestação do ser social,
sejam eles do espírito, da mente ou da carne.

Te escrevo isso assim, desse jeito,
em trejeitos desajeitados,
porque o pensar em me totalizar a ti,
de súbito, realizado,
me pesaria como a sensação em rasgo
do lado que se sabe avesso
antes do salto ontológico de sua superação
em algo maior do que até então teve a capacidade de tecido.

domingo, 9 de maio de 2010

MALAGMA 8: Lágrima

A arte é plural.

Não que único não seja arte.

De uma apoteótica metáfora
vejo e sinto tua ternura.

A lágrima, tua lágrima,
alegre lágrima de musa.

Adoraria ir te despindo
o teu anzol, vestido azul
e minha blusa.

MALAGMA 7: Poemas de Escambo

De tanto insistir em cambalear sem achar,
de teimoso,
descambei em ti.

O autor não tem nenhum poder sobre sua obra
a não ser o privilégio de ser o primeiro crítico
ainda no mérito de concebê-la desde o princípio.

Preciso escrever um poema pra ela e,
pensando bem no processo,
lembrei do método de registro
e pra quem era
e o mais exato é dizer pra você.

Ao que me vem o termo nós e a palavra encontro.

Onde seria se não lá, bem ali?

MALAGMA 6: MAR

Pensei num amar pra nós.

Pensei num amar-te elo.

Dum júri de estrelas,
em teu ciclo
a lua daria
o dito e vero:
te venero!

Queria que a configuração do astro
tivesse nos unido.

Ou a cabala me proporcionasse
a matemática de teus dias
pra subtrair minhas dores
pra me somar contigo.

Se é de Eros que te digo, Eras.
Ou sereias eu tua metade peixes.

MALAGMA 5: APANHADOR

No tempo de colheita
eras a foice a cercear-me com carinho.

Carvaste na árvore de minha intimidade
teu poema punhal.

Coração e teu nome:
ganhei o abstrato de teus golpes
ao preço de minhas entranhas.

Na estranheza de tua caligrafia
percorro com os dedos
as marcas do relevo de teu corpo em minha carne.

Te cravo em mim, menina rosa,
mais fundo e mais fundo,
pensando mui linda mui linda mui linda mui linda
quando serás finalmente minha
pela dádiva das voltas que dá a matéria?

Sentada no trono de minha idéia
a musa está sempre presente, mas nunca vem!
Está lá, e sangra e sangra...
o cara é que corre atrás!

MALAGMA 4: Simulacro

A velocidade da existência, que seja -
a simultaneidade da matéria -
é a maior velocidade possível, bem além da luz.

Não há dilatação,
nem relatividade que ultrapasse
o fogo do eterno presente
a forjar trajeto-história.

Algo, para ser, há de ser parte.

Só há possibilidade de infinito,
lutando contra o abismo de si mesmo,
em suas limitações ainda quentes,
em seus tabus aparentes
que só ele, em seu fim, poderá desdizer.

O vácuo, se existisse,
haveria de ser parte do todo.
Mas como ser parte do todo é ser,
ser vácuo é a teorética ausência do ser - é simulacro,
a vagar abocanhando tudo num bocejo de abismo
em perpétua contradição com a simultaneidade intrínseca da existência.

O tempo é mato:
e ai vai deus, o diabo, anjos, espíritos, demônios,
sentimentos não correspondidos,
vontades abstraidas e potências não levadas às vias de fato.

Para que qualquer coisa exista
é necessário que se manifeste no todo da matéria
ou não chegará nem perto.

Nada está fora do tudo
e o tudo incapacita a existência do nada:
é relação intransitiva dos algos
a somar-se
no seio do que se condiciona como única capacidade eterna:
a revolução perpétua
que a necessidade de relação nos traz.

sábado, 8 de maio de 2010

MALAGMA 3: Carta Queimada

Na chama da palavra senciente
que o calor da fumaça apaga
imola-se o poder-ter-sido
no amalgama do aqui-agora.

Fica à recordação
este pequeno vulcãozinho,
quase mascote do coração desnudo
que cansou de ser em pêlo.

Se (o) for, se irá cetim,
para - quem sabe - sê-lo.

MALAGMA 2: Organomatopéia Onomástica

O nada é a sublime imensidão do tudo.

A consciência é o afastamento da matéria em relação a ela mesma,
em um impulso de autoconhecimento erótico.

É o primeiro ato de amor e contemplação profundo:
subtrai de si própria um pouco de sua existência plena
para, não satisfeita, transformar-se em busca.

Dessa transmutação endógena
surge a via vetorial máxima
da possibilidade extrema da dança mandálica do universo:
A VONTADE.

Eis a esssência transcedental do ego.

É só quando esse recém formado ego da matéria
se desprende de sua individualidade fatorial aparente
e novamente experimenta, em fagulha meditativa,
a existência total, permanente e inevitável
de sua verdadeira condição ontológica
é que a imberbe vontade
se alquime em potência.

Ela, semente, se autorenova em um impulso simultâneo de flor e primavera!

Eis o segredo da matéria:

ser ao mesmo tempo flor, semente e primavera.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

MALAGMA 1: AORTA

Pai,

além de te louvar com gosto
na magia serena de tua influência
e no heroísmo de teu longínquo esforço
assinalo eternos votos
nas cédulas de esmeralda que por ti me foram confiadas
para que nunca se extingam
as condições de existência
da força eletiva da dança que,
para nos manter em contínua relação fecunda com a vida,
sempre se movem,
mesmo não mais vistas...

Mesmo até que aparentemente uma hora parem
firme continuam em seguida
a nos mostrar insistentemente que
cada passo teve sua razão,
cada amor sua paixão,
cada ideal uma forte convicção
e que nenhum exemplo morrerá no vácuo,
em vão.

Pai, quero ser, a partir do dom que vem de ti
eterno bastião
a ir além de tuas poucas, ainda que humanas, limitações.